sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ando devagar por já tive pressa...


Nas últimas aulas de quinta feira a professora tem sugerido uma atividade que achei fantástica, cada aluno levar objetos, fotos e afins que recordasse sua história de vida. Cada aula é uma surpresa atrás da outra e paro para refletir de quão importante é sermos notados por alguém, saber que alguém se lembra de você, por mais banal que possa parecer, é de um significado incalculável.
É impressionante de como pessoas que você convive dia a dia seja na faculdade, seja no trabalho ou em qualquer âmbito da vida são donas de histórias que você já mais pode imaginar, histórias marcadas por altos e baixos financeiro e/ou emocionalmente, e que a correria do cotidiano nos faz simplesmente ignorá-las, vezes por falta realmente de tempo, vezes por falta de paciência, ou mesmo interesse, mas o que mais me impressiona é o fato de que muitos ignora a vida ao seu lado para se dedicar em cuidar da vida de famosos (nem sempre dignos do título de Artista).
O individualismo extremista ao qual chegamos, na busca por sua própria identidade, nos fez esquecer que além de indivíduos somos um coletivo, já que o ser humano só se constrói em quanto ser humano a partir das suas relações com outros seres humanos como diria meu digníssimo Karl Marx e companhia.
Hoje só conseguimos nos enxergar participantes de pequenos grupos, normalmente limitados ao núcleo familiar, ao “seleto”  circulo de amizades e os problemas que atingem pessoas de fora do mundo de cada um, não lhe diz respeito, afinal, por que será que a música “Cada um no seu Quadrado” fez tanto sucesso?
Se trocarmos um programa de TV, deixarmos de ver um filme, enfim, trocássemos um momento de solidão (claro que não necessariamente sempre, afinal precisamos de tempo com nós mesmos também) para ouvir com mais atenção o outro, apreenderíamos muito, principalmente o valor da vida, que apesar de seu prazo de validade ser desconhecido, não precisamos deixa-la passar, tentando descobri-lo, precisamos sim aprender que Deus deu a cada um de nós um livro, o Livro da Vida e a nos incumbiu de sermos os autores da história que nele deve conter...Precisamos aprender a ter menos pressa, a prestar mais atenção aos pequenos detalhes da vida para chorarmos menos e florirmos mais...

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