sábado, 16 de abril de 2011

Caso Realengo... um tapa na cara...

Demorei um pouco para escrever sobre o assunto, até por quê não me apropriei ainda muito bem dele, entretanto não posso calar-me vendo a forma com a qual o caso está sendo abordado na mídia. Me incomodo ao extremo quando vejo manchetes extremamente sensacionalistas e sem fundamentação nenhuma chamando o rapaz de demônio ou a figura da maldade! De forma alguma estou justificando o seu ato, não existe justificativa para tirar vidas!!! Mas não se discute várias questões que estão escancaradas neste ocorrido, que foi um verdadeiro "TAPA NA CARA" de uma sociedade que naturaliza o preconceito desde cedo, tratando-o como coisas da idade, quando na verdade são reproduções de aprendizados com adulto, acho que não precisaria ressaltar que ninguém nasce preconceituoso, precisaria?
Acredito que os vídeos feitos por Wellington não deveriam ser veiculados, tendo em vista o grande número de vítimas de Bullying no Brasil e que desenvolveram algum tipo de transtorno psíquico podem se inspirar nos ensinamentos por ele passados. É necessária a discussão? Sim, de extrema importância, todavia não deve ser feita da forma que está.
Óbvio que nem todas as vítimas de Bullying saíram matando por aí, porém o assunto deve ser tratado com mais seriedade, pois ninguém está livre no mundo enlouquecedor em que vivemos de desenvolver um transtorno psicológico e sair matando por aí, e, por favor, não me venham com hipocrisias moralizadoras, dizendo que minha “personalidade não permite”, que “tive educação” ou que “tenho caráter”, porque nenhuma dessas “características” serve num momento de loucura!!!
Também preciso ressaltar que não sou ingênua para achar que todas as pessoas são boas, tem plena consciência que existem seres completamente inescrupulosos, entre outros adjetivos negativos, mas resumir os casos de reação às inúmeras violências vividas no decorrer de uma vida à pura e simples maldade/ruindade é simplesmente ignorar a realidade para não se ter o trabalho de mexer nela...

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