2010...

Já estamos em fevereiro de 2011 e não consegui parar para refletir sobre 2010... tentarei ser o mais breve...

O ano que passou foi muito turbulento tanto em minha vida como no mundo, vamos a uma mine retrospectiva:
Janeiro por exemplo, mês do meu aniversário, tivemos muitas mortes com os terremotos que atingiram o Haiti e o Chile, ficou visível o quanto a situação econômica influencia até mesmo nos resultados de catástrofes naturais, pois na época os jornais apontavam que apesar do tremor Chile ter sido maior do que o do Haiti, o número de mortes foi bem maior no país mais pobre da América.
Fevereiro pra variar só se falava em carnaval (velha política do Pão e Circo brasileira).

Março o novo circo é o BBB, coisa mais “útil" inventada pra se manipular a massa, parabéns para o seu criador, além dele, se falou muito também sobre o julgamento do casal Nardoni, aquele casalzinho lindo que jogou uma criança indefesa de uma janela.

Abril, mês da páscoa e de comer muito chocolate nada muito anormal chamou a atenção da imprensa.

Maio, começa a expectativa para a Copa do Mundo e os escândalos políticos encobertos pelos eventos da copa!

Junho praticamente só se fala em Copa do Mundo, estamos a beira de uma eleição presidencial, mas a única coisa que somos induzidos a pensar é na Copa!

Julho temos a eliminação do Brasil da Copa e voltamos a pensar no dia a dia, marcados pelo desaparecimento da Eliza Samudio...

Agosto, o IBGE começa as pesquisas porta a porta, super exatas, pois eu já estava desempregada em agosto, mas a moça colocou como empregada, pois fui demitida em meados de julho, e só estavam calculando como até junho...

Setembro, o mês dos escândalos políticos, da guerra PT X PSDB, foram inúmeros golpes baixos de ambos os lados! Simplesmente vergonhosas campanhas políticas...

Outubro tivemos a primeira presidente mulher eleita na história do Brasil!

Novembro tivemos os massacres nos morros cariocas, intitulados como combate ao tráfico, que mais pareceu uma higienização étnica do que um combate ao crime organizado.

Por fim, dezembro, mês do alto consumismo incentivado pelo Natal! Mês de reflexão, de promessas, de reencontros e tantos outros eventos rotineiros...

Este ano em mim ficou marcado, não só pelos acontecimentos que me revoltaram, muitos relatados neste mesmo blog, mas também me permitiu experiências positivas e negativas, assim como para muitos, acredito eu, porém o que ficou de importante foi que as pessoas estão acomodadas com os conhecimentos à elas posto, ou seja, é mais fácil seguir a direita ou a esquerda, do que procurar caminhos alternativos. Mudam-se as palavras, mas os discursos são basicamente os mesmos, pois todos procuram deixar de ser explorado e passar a explorar. Tudo o que se faz, se tem um interesse por trás, mesmo que não seja financeiro. A religião virou motivo de piada, como se o ser humano fosse autosuficiente. Esqueceu-se o significado da caridade, sendo esse equiparado ao ato de doar coisas velhas ou fajutas! A sede de vingança são exploradas por uma mídia sensacionalista que condenam jovens sem se preocupar em saber o motivo de seus crimes (não que o motivo se justifique o ato), estimulado apenas o depósito de gente em cubículos insalubres, sem se preocupar com quando tais gentes saírem de lá, o que farão. A banalização do corpo, como objeto de prazer, o sexo pelo sexo, a ironização daqueles que não se submetem a isso. Os autos índices de depressão, por que será? A depressão tem como um dos sintomas um sentimento de fracasso, de inutilidade, de degradação do ser, e como não sentir tais sentimentos, tendo em vista que só se é alguma coisa quando se tem alguma coisa, porém para se ter essas coisas, se faz necessário entregar-se por completo ao trabalho, numa busca incansável por méritos nem sempre atingidos, e quando se dá conta, a juventude se foi, e o que se conquistou materialmente, não a traz de volta!

O divertimento está associado à bebida, à droga, coisas que faça sair por um tempo da órbita entediante do mundo capitalista no qual se vive! Passamos horas diante de aparelhos eletrônicos, seja televisões, computadores e afins. Procurando características nossas nos personagens fictícios de novelas, filmes, reality shows, não conhecendo nos mesmos nem nossos amigos, já que os contatos se resumem a assuntos banais.

E pra completar, os que ainda se preocupam com o destino que a humanidade caminha para, são ou heroitizados ou humilhados, pois, ou recebem prêmios por algum feito grandioso, ou são tratados como “trouxas”...