terça-feira, 19 de abril de 2011

Desacreditando...

Não acredito em fórmulas prontas
para os problemas humanos...
Não acredito em belas palavras
que só servem para florear discursos vazios...

Querem me rotular ... limitar-me...
Minha inscontancia muitas vezes é banalizada...
Meu conservadorismo é questionado
Mas por que tenho que ir aos extremos?

Não acredito mais em palavras
Pois elas vão com o mais fraco vento...
Cansei...

Cansei de ser trocada por palavras...
De ser substituída por quem fala o que se quer ouvir...
Prefiro a dureza da sinceridade do que a meiguisse da falsidade 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Escritos da adolescência Você (escrevi em 2001- 14 anos)

Você foi a luz
que iluminou minha escuridão
você foi o amor
que surgiu no meu coração

Meu coração bate forte
e mais forte quando te vê
o seu sorriso me mostrou...
uma nova razão pra viver

Demorei para perceber 
o que sentia por você
mas agora já percebi
                                                                                        que jamais esquecerei a ti...

Escritos da adolescência: Difícil de encontrar ( Escrito em 2001- 14 anos)

Procurei no céu
Procurei no mar 
Em nenhum lugar encontrei
um brilho igual ao do seu olhar

Nem nas mais altas montanhas
Nem na maior cidade do mundo
Não dá pra encontrar
Alguém como você para amar.

Já amei e sofri
Mas já esqueci
Já te amei e sei
Que nunca te esquecerei.

Meu amor é tão grande
que chega a não caber no peito
Mas não deixo me iludir
Com medo do seu desprezo

Virada Cultural 2011...

 
Estive em pouquíssimos pontos da Virada Cultural, basicamente me resumir ao Stund Up que é minha paixão, mas fiquei indignada com algumas coisas...
Primeiro, uma boa parte do público que estava pelas ruas de São Paulo a noite, não usufruíam do verdadeiro sentido da Virada Cultural, estavam ali preocupados em encher a cara e fazer bagunça a noite toda.
Segundo, os moradores de rua daquela região “magicamente sumiram”! Tratados como objetos desagradáveis ao público devendo ficar escondido, com exceção de um ou outro que apareceu.
Terceiro foi no Stund up, bom durante todo o dia, assisti as apresentações da 11h00, das 14h00 e das 17h00, vi artistas fantásticos, extremamente talentosos e engraçados. No entanto vi uma grande diferença no público, ele simplesmente quadriplicou no último horário unicamente por causa do Danilo Gentilli (que eu também gosto muito) e do Fabio Rabin, que são sem dúvida ótimos comediantes, mas boa parte dos jovens que ali estavam não estavam por causa do humor inteligente, mas porque os caras eram famosos. Posso dizer com propriedade, porque fiquei no meio do povão, e percebi muitas risadas forçadas, só pra agradar os famosos, porque as melhores piadas, de outros humoristas, quase ninguém ria.
Mas o pior foi os humoristas admitirem que boa parte deles não queriam fazer essa virada, porque o público não entenderia as piadas de Stund Up, peraí! Entendo que a grande massa pode não se ligar, coisa assim, mas tem um público, que não é pequeno que entende sim e não tem condições de pagar para assistir as apresentações. Sem contar que isso escancarou que mesmo no humor crítico há uma discriminação de classe, já que somente uma camada pode apreciar, tanto no sentido financeiro quanto no sentido cultural.

Adora, eu simplesmente amei os artistas de rua espalhados pelo centro da cidade, sensacional so trabalho deles que mereciam mais destaques na programação da virada, alias, mereciam investimento da Prefeitura, pois são verdadeiros talentos...
Mas apesar disso, achei muito bem organizada, pelo menos nos pontos onde estive e esse ano com muito mais atrativos verdadeiramente Culturais, ou seja, não se resumiu a shows.. O que contemplo diversos tipos de público... Resumindo, adorei e já estou aguardando a próxima!!!

sábado, 16 de abril de 2011

Caso Realengo... um tapa na cara...

Demorei um pouco para escrever sobre o assunto, até por quê não me apropriei ainda muito bem dele, entretanto não posso calar-me vendo a forma com a qual o caso está sendo abordado na mídia. Me incomodo ao extremo quando vejo manchetes extremamente sensacionalistas e sem fundamentação nenhuma chamando o rapaz de demônio ou a figura da maldade! De forma alguma estou justificando o seu ato, não existe justificativa para tirar vidas!!! Mas não se discute várias questões que estão escancaradas neste ocorrido, que foi um verdadeiro "TAPA NA CARA" de uma sociedade que naturaliza o preconceito desde cedo, tratando-o como coisas da idade, quando na verdade são reproduções de aprendizados com adulto, acho que não precisaria ressaltar que ninguém nasce preconceituoso, precisaria?
Acredito que os vídeos feitos por Wellington não deveriam ser veiculados, tendo em vista o grande número de vítimas de Bullying no Brasil e que desenvolveram algum tipo de transtorno psíquico podem se inspirar nos ensinamentos por ele passados. É necessária a discussão? Sim, de extrema importância, todavia não deve ser feita da forma que está.
Óbvio que nem todas as vítimas de Bullying saíram matando por aí, porém o assunto deve ser tratado com mais seriedade, pois ninguém está livre no mundo enlouquecedor em que vivemos de desenvolver um transtorno psicológico e sair matando por aí, e, por favor, não me venham com hipocrisias moralizadoras, dizendo que minha “personalidade não permite”, que “tive educação” ou que “tenho caráter”, porque nenhuma dessas “características” serve num momento de loucura!!!
Também preciso ressaltar que não sou ingênua para achar que todas as pessoas são boas, tem plena consciência que existem seres completamente inescrupulosos, entre outros adjetivos negativos, mas resumir os casos de reação às inúmeras violências vividas no decorrer de uma vida à pura e simples maldade/ruindade é simplesmente ignorar a realidade para não se ter o trabalho de mexer nela...

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Só de Sacanagem by Elisa Lucinda


Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!
(texto lido por Ana Carolina em seu show)