sábado, 29 de outubro de 2011

Infância roubada...


É assustador ver as notícias veiculadas diariamente, seja pela mídia televisiva ou escrita, a respeito da violência praticada por crianças a adolescentes, mas mais assustador ainda é ouvir de amigos que sofreram ameaças de seus alunos dentro da sala de aula. Entretanto é apavorador a forma como esses graves episódios tem sido tratados por uma boa parcela da população.
Presenciamos hoje uma infância cada vez mais roubada, culpamos nossos pequenos cidadãos por nossa própria omissão. Damos audiência a propagandas televisivas que exaltam o consumo exacerbado de “bens”, de álcool e etc., depreciam a imagem feminina e vangloriam o machismo. Desenhos onde a violência e a competitividade são os pontos chaves. Jogos que estimulam o sentimento de apoderamento da vida do outro, quando seu objetivo central é exterminar o inimigo através da sua morte, e a ausência de adultos que deveriam  reforçar  a virtualidade dos mesmos.
Nesse mês de outubro foi possível no Facebook resgatarmos memórias dos desenhos, dos programas, dos brinquedos e doces que marcaram nossas infâncias, quando as brincadeiras em coletivo eram mais frequentes, onde a televisão, o vídeo game, o computador não serviam como babás, que mantém as crianças quietas, sem dar trabalho.
O cotidiano está cada vez mais destruindo as relações sociais, o capitalismo ainda mais avassalador, conquistou-se a redução da jornada de trabalho, entretanto a tão idolatrada tecnologia nos faz trabalhar muito além do horário estipulado em contrato. Gastamos metade de um expediente somente no trajeto de casa ao trabalho e vice e versa.
A busca por um sucesso profissional, por uma “independência financeira”, melhores salários, apenas nos afundam mais e mais nas areias movediças do consumismo. Criticamos tanto a corrupção, mas os que são verdadeiramente honestos são tratados como idiotas, são humilhados.  Clamamos por pessoas sinceras, mas a sinceridade plena nos fere. Nossa sociedade foi construída em cima de relações hipócritas, onde o tempo todo precisamos nos podar no que falamos para não ferir sentimentos terceiros, e quando nos ferem devemos “cordeiralmente” perdoar.
Nosso divertimento está automaticamente ligado a sexo, álcool, mídia, consumismo tecnológico. Não se busca mais uma identidade grupal que respeite a sua identidade pessoal, se busca seguir um padrão socialmente imposto para ser aceito como “normal” pelo menos.
Entre tantos outros causos que permeiam nosso cotidiano, causos esses que a correria, o estresse simplesmente o ocultam de nossos olhos nus, alguém poderia por favor me explicar como o comportamento de nossas crianças e nossos adolescentes poderia ser diferente do que presenciamos hoje?
Precisamos ter a clareza de que nossos pequenos refletem aquilo que apreendem dos adultos com quem convivem... 

Maria Aparecida Gomes da Silva

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ato homofóbico na Pontifícia!!!

Ontem, 06/10/11 encontramos dentro do Centro Acadêmico de Serviço Social o cartal da Semana de Diversidade Sexual realizada pelo Curso de Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo totalmente resgado.
Tal achado nada mais se trata do que um ato homofóbico !!! Além do cartaz, também rasgaram fotografias coladas na parede do C.A.
Este ocorrido não pode de forma alguma passar desapercebido, tendo em vista os inúmeros ataques sofridos por casais homoafetivos que temos acompanhado pela mídia, e muitos outros que se quer chegam às delegacias.
Infelizmente a vida humana tem cada vez mais sido degradada e desvalorizada, impressionante como seres que se dizem humanos se acham do direito de colocar o que é certo ou errado aos outros das mais diferentes formas de violência.

Por favor não me venham com moralismo barato, reclamando de apologias à homossexualidade, pois por mais que não aceite, ou não concorde com a orientação sexual de outra pessoa, nada, absolutamente nada dá o direito de alguém violentar o outro! Muito menos usem discursos religiosos, pois sou religiosa, todos sabem, respeito e creio em preceitos bíblicos, aliás violentar ao outro, seja lá o que ele faz de sua vida passa muito, mas muito longe dos ensinamentos cristãos.