sexta-feira, 11 de março de 2011

O DIREITO A MORADIA Por Nando Cordel 11/02/2011 às 22:07











O direito a moradia
Devia ser tão sagrado.
Um ser que habita a terra
Não pode ficar largado,
Na chuva, no frio ou sol
Na rua abandonado.
Não podemos aceitar
Tamanha desigualdade.
Alguns moram em palacete
Outros ficam na saudade.
Dorme, mora a céu aberto
Por fora da sociedade.

Moradia é um direito
De toda população.
Por isso que exigimos
Do governo de plantão.
Que construa urgentemente
Um plano de habitação.

Chegamos a três jornadas
Defendendo a moradia.
Deve ser o compromisso
De uma democracia.
Para conquistar o teto
Pra o povo sorrir um dia.

Em um país que se preza,
O povo tem seu abrigo.
E se vive descoberto
Não pode ser um castigo.
Quem viola esse direito
Pra gente não é amigo.

Construir mega projetos
Não é a prioridade.
Os seus impactos danosos
Danifica a cidade,
Atrasa o meio ambiente
Gerando calamidade.

Os eventos esportivos
Traz grande badalação.
E sempre o favorecido
Tem grana que faz montão.
Ficando a margem de tudo
Parte da população.

Se remove moradores
De onde estão instalados.
Por coerção e ameaças
Das casas são despejados.
Deixam no olho da rua
Com medo e apavorados.

Quando passa os eventos
O mundo volta à rotina.
Tudo foi uma falsidade
Dessa elite cretina,
Que mascara a realidade
Com fumaça de cortina.

Pra copa e olimpíada
A cidade faz jogada
Esconde sua pobreza,
Encoberta por fachada.
O brilho aparente chega
Na rua e na calçada.

A multidão da cidade
É apenas figurante.
São os gringos e os ricaços
Que no mundo flutuante
Aproveita da festança
Faz seu gasto extravagante.

Que nesse novo encontro
Avancemos nessa luta.
E o direito a morada
Venha já pra quem labuta.
Por isso seja mais um
Para vencer a disputa.

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