sábado, 10 de novembro de 2012

Carta de uma feminista a um amigo após uma noitada...

Bom , vamos lá...

Escrevo porque por maior que seja minha angústia e meu desejo de faze-lo olhando em teus olhos, percebo que não há em você a disposição verdadeira para uma conversa sincera e madura.

Pois bem, com o passar do tempo me construí como uma mulher forte e decidida, sem meios termos ou joguetes emocionais, por isso decidi te dizer o que sinto da forma que posso.
Você me fez reviver sentimentos que a muito não me eram despertados. Por entender que a vida uma dádiva divina, a desfruto com intensidade, movida por desejos e ideais e não me permito mais ficar sob a luz do julgamento alheio, tenho minha própria conduta moral (sempre em meio reavaliações, auto crítica e transformação) e é por ela que defino o bom e o ruim para minha caminhada, por ter a certeza que não sou, não devo e não quero ser modelo para quem quer que seja, aprendi a não carregar o destrutivo sentimento da culpa, porque esse não é nada mais do que a percepção deturbada de um super ego adoecido pela ideologia vigente.
Mas no momento em que minhas atitudes confrontam aquilo que por certo tenho como algo que me faz bem, que devasta um lindo campo florido com doces aromas despertados pelas lembranças nostálgicas, inevitavelmente esse demônio surge das cinzas  perturba me sono. Que triste que nosso reencontro tenha abalado estruturas que eu acreditava sólidas como a amizade e o respeito mutuo por nossas idéias e nossos sentimentos.
A muito também apreendi que as pessoas não podem ser cobradas por nossas idealizações e expectativas depositadas em terceiros, a decepção é um sentimento mesquinho e egoísta que fere a dois pelo desejo de um. Não esperar nada, manter a atitude filosófica do do espanto, da surpresa  e do desejo de desvelar a tudo que se coloque a minha frente é para mim uma filosofia, mas é também uma linha tênue, uma árdua tarefa, ainda mais para que carrega no peito o verbo "esperançar". E se nada esperei de ti, e tudo o que me apresentou foi uma alegria, por que sinto agora, que algo que eu acreditava existir em você se perdeu?
A grande lição que esses 22 anos de vida trouxeram foi a certeza que tudo que fiz, eu faria de novo e de novo, porque até os meus maiores erros muito me ensinaram, tudo na vida acontece por um propósito que nos faz evoluir, mas receio que dessa vez o aprendizado foi mais forte do que poderia suportar, ter a certeza que mesmo nas bocas mais dignas a palavra AMOR é blasfemada de forma tão vã. Se isso é amor, oh Deus que eu seja odiada! 

Encerro aqui mais um capítulo da bela história que é a minha vida, mas pela primeira vez o ponto final vem acompanhado de uma lágrima.

De qualquer formo voto em você para Presidente! XD

...há-braços... 
      PAZ!
Por Tuane Rossato



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