Algumas semanas atrás tenho participado de um Seminário que apresenta um projeto de professores da USP e da PUC-SP, no qual foi se abordado o tema da Teoria Crítica na Educação e Formação do individuo (o título do seminário não é com essas mesmas palavras). Na sala, eu me sentia de certa forma isolada, pois aparentemente só tinha eu de estudante de Serviço Social, os demais eram profissionais relacionados as áreas de psicologia e pedagogia.
Algumas coisas me deixaram inquietas (pra variar né), e tentarem passá-las em um breve relato.
Participando de seminários como esses que noto que por mais anos que passe, o padrão permanece, sempre uma elite intelectual, freqüentadores das melhores escolas (universidades), juntam seus pensamentos a fim de determinar o que é melhor para as classes subalternas (muitas vezes não tendo contato direto com as mesmas).
Um dos palestrantes, estudioso da psicanálise trouxe uma teoria bem interessante ao meu ver, pois defendeu utilizando-se de autores modernos para argumentar a Psicanálise como análise de uma sociedade, um psicologia materialista que por estudar os impulsos instintivos, ela poderia ser adotada nas ciências naturais, estudando a adaptação ativa ou passiva dos instintos ao convívio social. Alega que os instintos por mais que biológicos, se modificam conforme a super estrutura ideológica da sociedade.
O mesmo palestrante argumenta que só é possível a teoria freudiana numa sociedade plenamente burguesa, pois os conflitos psiquicos não são mais dos ambientes familiares, mas são diretamente com as massas, já que há uma necessidade de uma identificação imediata do individuo na sociedade, sendo o inconsciente freudiano fruto das contradições sociais, já que na atual sociedade há predominância do econômico sobre o psicológico.
Apesar da parte da psicanálise, o foco foi sobre a formação intelectual do indivíduo, pois hoje há uma produção de “sábios idiotas” que se especializam apenas no seu meio de produção, deixando de existir indivíduos sensivelmente esclarecidos.
Há na educação uma verdadeira fábrica de egoístas, onde se estimula a concorrência entre indivíduos que graças ao ensino técnico, deixam de lado o mundo social.
A experiência escolar é fundamental na formação, não só intelectual, mas moral e política do indivíduo, ou seja, a decadência atual da educação brasileira, tem como fruto a sociedade defeituosa que temos.
Atualmente o jovem é induzido a ver a escola não como o lugar do saber, mas como um ponto de encontro social, muitos a fim de fugir de uma realidade doméstica não satisfatória, nem sempre um lar problemático, mas tendem sempre a procurar um enquadramento de suas vontades e idéias, esse enquadramento podemos dizer que se representam através das inúmeras “tribos sociais”.
Porém é na escola também que o indivíduo se depara com uma enorme diversificação de idéias, onde pode ocorrer violência física e moral entre os estudantes que não se identificam entre si.
O mais engraçado é que essas tribos também são encontradas no ambiente acadêmico, pois observando os agrupamentos feitos, durante uma pausa do Seminário, é visível que são de acordo com assuntos, estudos ou ideologias semelhantes.
Sou leiga nos assuntos abordados neste seminário, até mesmo por ser apenas uma ‘graduanda’ em meio de tantos intelectuais especializados nestas áreas, porém o que me faz mais falta em seus discursos é da leitura mais profunda das expressões da questão Social que são trazidas pelos alunos por meio das suas dificuldades de aprendizagem.
Algumas coisas me deixaram inquietas (pra variar né), e tentarem passá-las em um breve relato.
Participando de seminários como esses que noto que por mais anos que passe, o padrão permanece, sempre uma elite intelectual, freqüentadores das melhores escolas (universidades), juntam seus pensamentos a fim de determinar o que é melhor para as classes subalternas (muitas vezes não tendo contato direto com as mesmas).
Um dos palestrantes, estudioso da psicanálise trouxe uma teoria bem interessante ao meu ver, pois defendeu utilizando-se de autores modernos para argumentar a Psicanálise como análise de uma sociedade, um psicologia materialista que por estudar os impulsos instintivos, ela poderia ser adotada nas ciências naturais, estudando a adaptação ativa ou passiva dos instintos ao convívio social. Alega que os instintos por mais que biológicos, se modificam conforme a super estrutura ideológica da sociedade.
O mesmo palestrante argumenta que só é possível a teoria freudiana numa sociedade plenamente burguesa, pois os conflitos psiquicos não são mais dos ambientes familiares, mas são diretamente com as massas, já que há uma necessidade de uma identificação imediata do individuo na sociedade, sendo o inconsciente freudiano fruto das contradições sociais, já que na atual sociedade há predominância do econômico sobre o psicológico.
Apesar da parte da psicanálise, o foco foi sobre a formação intelectual do indivíduo, pois hoje há uma produção de “sábios idiotas” que se especializam apenas no seu meio de produção, deixando de existir indivíduos sensivelmente esclarecidos.
Há na educação uma verdadeira fábrica de egoístas, onde se estimula a concorrência entre indivíduos que graças ao ensino técnico, deixam de lado o mundo social.
A experiência escolar é fundamental na formação, não só intelectual, mas moral e política do indivíduo, ou seja, a decadência atual da educação brasileira, tem como fruto a sociedade defeituosa que temos.
Atualmente o jovem é induzido a ver a escola não como o lugar do saber, mas como um ponto de encontro social, muitos a fim de fugir de uma realidade doméstica não satisfatória, nem sempre um lar problemático, mas tendem sempre a procurar um enquadramento de suas vontades e idéias, esse enquadramento podemos dizer que se representam através das inúmeras “tribos sociais”.
Porém é na escola também que o indivíduo se depara com uma enorme diversificação de idéias, onde pode ocorrer violência física e moral entre os estudantes que não se identificam entre si.
O mais engraçado é que essas tribos também são encontradas no ambiente acadêmico, pois observando os agrupamentos feitos, durante uma pausa do Seminário, é visível que são de acordo com assuntos, estudos ou ideologias semelhantes.
Sou leiga nos assuntos abordados neste seminário, até mesmo por ser apenas uma ‘graduanda’ em meio de tantos intelectuais especializados nestas áreas, porém o que me faz mais falta em seus discursos é da leitura mais profunda das expressões da questão Social que são trazidas pelos alunos por meio das suas dificuldades de aprendizagem.
Arrasou garota!!
ResponderExcluirTu escreves divinamente...
adorei!